terça-feira, 2 de novembro de 2010

OS NOVOS LANÇAMENTOS DO IMORTAL ASSIS BRASIL











1- A CURA PELA VIDA OU A
FACE OBSCURA DE ALLAN POE

“A Cura pela Vida e um romance novo, um grande tento meu, algo inteiramente novo, diferente de tudo quanto já fiz”. (Assis Brasil)

2- O MENINO QUE VENDEU A SUA IMAGEM

3- OS QUE BEBEM COMO OS CÃES

“Essa edição belíssima de Os que bebem como os cães foi feita em Teresina , pela Renoir Editora, sendo a sétima do livro”.


ORDEM CRONOLÓGICA
DA OBRA DE ASSIS BRASIL

(CONTINUAÇÃO)
114 – a Tragetória Poética de Ledo Ivo/Transgressão e Modernidade, Ensaio. Editora
Universitária Cândido Mendes ( EDUCAM) Rio de Janeiro,2007.
115 – A chave do Amor e outras histórias piauienses. Contos e Novelas, Imago Editora, Rio de Janeiro, 2007.
116 – O Bom Ladrão da Floresta ( Aventuras de Gavião Vaqueiro) Infanto juvenil, Livraria Nova
Aliança Editora, Teresina, 2008.
117 - Nemo, o peixinho filósofo, Infanto Juvenil, Livraria Nova Aliança Editora , Teresina, 2009.
118 – Um poeta chamado Grilo, Infanto Juvenil, Livraria Nova Aliança Editora, Teresina, 2009.
119 – A Vida não é Real, Contos reunidos, Imago Editora, Rio de Janeiro, 2009.
120 – O Menino que vendeu sua imagem, Infanto-Juvenil, Livraria Nova Aliança Editora,
Teresina, 2010.

121 – A Cura pela Vida ou a face obscura de Allan Poe, Romance palimpsesto, Imago Editora, Rio
de Janeiro, 2010.

PEDIDOS :

OS LIVROS DE ASSIS BRASIL PODEM SER PWEDIDOS À LIVRARIA NOVA ALIANÇA PELO E-MAIL: livrarianovaalianca@hotmail.com ou pelo endereço: Rua Olavo Bilac, 1259 – Teresina/Piauí – CEP. 64001-280

OS NOVOS LANÇAMENTOS DE ASSIS BRASIL


A CURA PELA VIDA OU
A FACE OBSCURA DE ALLAN POE

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A CURA PELA VIDA
"Um livro belíssimo, que nos mostra
o homem culto, além do criador.

ORION LIMA

O que leva um homem a dedicar uma vida inteira a arte de escrever? São seus sonhos, desejos, vaidade, ou há algo de oculto nesse mister divino, a arte de contar histórias? Assis Brasil talvez tenha essa resposta, mas não quis nos dar, porque tem vivido uma existência dedicada a criá-las, como se fosse o nutridor dessa necessidade ,que o ser humano adquiriu, com a experiência tribal, ao lado das fogueiras ancestrais, até que surgisse a palavra escrita: contar histórias.

E não há nada que expresse mais esse dom, do que a capacidade de introjetar de si mesmo , a mesma dor, o mesmo grito, vagido dos que nascem e terão que se perpetuar e se tornar incomuns, para o engrandecimento da raça humana. Conheço Assis Brasil desde os meus tenros 21 anos, quando fui seu aluno na Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Hoje já passei da casa dos 60.

Sua devoção por escrever, criar, me contaminou e moldou por muitas décadas meu destino. Ouvi muitas histórias de Assis Brasil em primeira mão, quando eram ainda simples idéias e, comunguei com ele do sucesso de sua Obra, hoje grandiosa, ímpar e imortal.

Tentei seguir seus passos na literatura, sem imitá-lo, e terminei por transformá-lo, sem querer, em muitos personagens de meus livros inéditos, tão rica e viva era a lembrança de um homem moldado para a criação e para as letras, mais afeito aos caprichos da arte , do que das veleidades e vicissitudes de uma vida comum, tão pequena entre tantos, que buscam aqui, um lugar ao sol.

Ainda tenho sua velha maquina de escrever, máquina esta com a qual criou livros maravilhosos; o original de “O Sol, Deus e Shakespeare” , e um cem numero de recordações, de papos infindáveis sobre literatura, nos tempos do Jornal do Escritor e Revista Leitura. De nosso convívio amigável com Fausto Cunha, Samuel Rawet, José Louzeiro, Osmar Rodrigues Marques. Das viagens aos congressos literários e da rotina nas redações de jornais.

Foram tempos amargos e ao mesmo tempo felizes. Não tínhamos liberdade de expressão, mas éramos livres e vivíamos a mesma vidinha de sempre, entre sonhos, projetos literários. Só que Assis Brasil os concretizava, metodicamente, enquanto eu aguardava um novo tempo para nascer literariamente.

Ao abrir seu livro mais recente, “A Cura pela Vida”, foi como tomar um banho lustral na aura “maldita” que encobre os criadores e vi que Assis Brasil não mudou muito desde nosso último encontro, no inicio da década de 90 , quando fui casar no Rio, e em sua casa fizemos uma espécie de "despedida entre velhos amigos". E com que força essas palavras me lembraram esse dócil escritor, profícuo nas letras, mestre da criação literária, criador de tantos personagens:

“Sou um homem infeliz.
Não demorei muito a me convencer disso na senilidade de um final de vida. Não vou escrever minhas memórias, pois sobre elas ou por meio delas nada tenho a dizer. Falo sobre o meu presente, na infelicidade de sentimentos talvez acumulados durante toda minha existência.

A vida é longa, ao contrário do que muitos pensam ou sentem. Fico espantado quando descubro que jovens de dezessete, dezenove anos são brutamente mortos, assassinados por pessoas medíocres e sem futuro. A vida também é fúnebre”.

Ao ler esse trecho do inicio de sua obra, descobri o fio da meada de nossas antigas conversas literárias, onde obra e o criador se misturam, criador e o criado são um só,pela necessidade de entender a si mesmo e aos outros. O que nos sobra é essa angústia, esse sentimento embutido, ao verificarmos a transitoriedade de tudo e o glorioso ou lastimável fim que nos aguarda.

Assis Brasil tem esse dom maravilhoso de nos conscientizar através de sua arte. Motivado, novamente por sua obra, este ano terminei meu primeiro livro “Das Coisas, da Vida e da Morte e de Chico Asa Baixa e escrevi mais dois outros: Histórias da Crucificação e Viagens, Sodoma pede Socorro. Assim terminou um ciclo começado em 1968, quando fui seu aluno no Rio.

E mesmo sem ser crítico literário, ao ler sua nova obra, descobri um novo Assis Brasil, talvez mais filósofo, profeta, visionário e um pouco mais amargo, facilmente identificado – para quem o conhece a fundo, - como tudo que criou ao longo desses 30 anos: o mesmo menino que se banhava no rio barrento de sua Parnaíba, no seu Parnaíba encantado. A mesma eterna Luiza, prostituta envelhecida, que tanto o marcou em Beira-Rio, Beira Vida, ainda é viva em seus sonhos.

“Um dia ela o contou que seu homem foi embora e o menino entendeu que ele – o homem dela- desaparecera silencioso como o rio”. E ela ficara sem o seu protetor, guardião. E muitos anos se passaram: o menino cresceu, mudou de cidade, ficou famoso. E finalmente voltou para ver o seu velho rio, cheio de nostalgias e sofrimentos, em busca de Luiza, envelhecida e triste, que sofrera por amor e ainda vagueia em suas lembranças.

Eis, pois, a síntese de uma imensa obra que começou com “Os Verdes Mares Bravios”, o seu primeiro livro, toda ela permeada pelo humano ser, cheio de filosofias e sem explicação para os mistérios que nos amedrontam e atormentam: talvez como disse Baudelaire, “a ferida e a faca, a vitima e o algoz.” E de nada adianta apelar para Edgard Allan Poe, em múltiplos diálogos e devaneios. O que vemos ao longo de “A Cura pela Vida” é essa necessidade de saber “o que virá depois”.

Um livro belíssimo, que nos mostra o homem culto, além do criador. Aquele que sabe brincar com as palavras de uma maneira criadora, usando o saber de tantos, para alertar nossas consciências. Um reflexo da sociedade brutal em que vivemos, estruturada nos moldes do mal, que habita em todos os corações e que convive com nossa hipocrisia e mediocridade. Oculto em seus mágicos diálogos, há uma tentativa desesperada de “escapar” do destino atroz que a todos aguarda - a espera de um novo corvo que repita as suas mesmas sábias palavras: “Nunca mais!”

Outros Lançamentos




O MENINO QUE VENDEU A SUA IMAGEM E A SETIMA EDIÇÃO DE

OS QUE BEBEM COMO OS CÃES


SÉTIMA EDIÇÃO

terça-feira, 15 de junho de 2010

OBRA DE ASSIS BRASIL EM ORDEM CRONOLÓGICA


ASSIS BRASIL EM ORDEM CRONOLÓGICA:



"UMA OBRA DE FAZER INVEJA!"


Quem leu os livros de Assis Brasil sabe disto: o autor tem fôlego, é determinado e só se consegue algo assim, com muito trabalho, pesquisa e disciplina. E não se trata, apenas de fazer simples propaganda de sua obra. Renomados autores do país, alguns de saudosa memória, enalteceram seus romances. Entre estes, João Guimarães Rosa, Magalhães Junior, Adonias Filho, Fausto Cunha, Eneida, José Alcides Pinto e mais um cem números de autores de grande expressão, ainda vivos.

Falando sobre A Rebelião dos Órfãos, Álvaro Pacheco, diz que “o livro de Assis Brasil enriquece a experiência pessoal do leitor, para seu conhecimento de vida, e é ainda um romance tecnicamente ousado”. Sobre Beira-Rio, Beira-Vida, João Guimarães Rosa, disse: “É pra mim uma alegria ver agora esse trabalho, que conheci no original, receber o mais importante premio literário do país, o Walmap de 1965”.

E Adonias Filho: "Beira Rio, Beira Vida, de Assis Brasil, constitui um vinculo com nosso romance revolucionário contemporâneo, reformulando a carpintaria e integrando o romance brasileiro no quadro geral da arte moderna". Fausto Cunha: “É uma ironia que, numa época em quer tantos poetas e ensaístas brasileiros se arrogam a formulação de uma literatura popular e de revolta, seja Beira Rio, Beira Vida, o único livro autêntico dentro dessa ordem de idéias”.

Se esses expoentes da Nova Literatura Nacional ainda estivessem vivos, por certo estariam boquiabertos com o vigor e a determinação criadora desse piauiense de Parnaíba, detentor de tantos prêmios nacionais e que, no entanto, ainda e injustiçado pela cúpula da Casa de Machado de Assis, que até hoje não escolheu seu nome para uma cadeira de “imortal”. E precisa mesmo?
(AMILOIRAM)


A GRANDE OBRA DE ASSIS BRASIL


1. Aventura no mar (Verdes mares bravios), Infanto-Juvenil/Melhoramentos, São Paulo, 1955/1986.
2. Contos do Cotidiano Triste, Contos/Universitária, Rio de Janeiro, 1955.
3. Faulkner e a técnica do romance, Ensaio/Leitura, Rio de Janeiro, 1964.
4. Beira Rio, Beira vida, Romance/O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1965.
5. A Filha do Meio-Quilo, Romance/O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1966.
6. Cinema e Literatura, Ensaio/Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro, 1967.
7. O Salto do Cavalo Cobridor, Romance/O Cruzeiro, Rio de Janeiro, 1968.
8. Pacamão, Romance, Bloch Editores, Rio de Janeiro, 1969.
9. Graciliano Ramos, Ensaio, Organizações Simões, Rio de Janeiro, 1969.
10. Adonias Filho, Ensaio, Organizações Simões, Rio de Janeiro, 1969.
11. Guimarães Rosa, Ensaio, Organizações Simões, Rio de Janeiro, 1969.
12. Clarice Lispector, Ensaio, Organizações Simões, Rio de Janeiro, 1969.
13. O Livro de Judas, Novela, Clube do Livro/Atual Editora, São Paulo, 1986.
14. Ulisses, o sacrifício dos mortos, Novela, Livros do Mundo Inteiro, Rio de Janeiro, 1970.
15. Carlos Drumond de Andrade, Ensaio, Livros do Mundo Inteiro, Rio de Janeiro, 1971.
16. Joyce, o Romance com Forma, Ensaio, Livros do Mundo Inteiro, Rio de Janeiro, 1971.
17. A Nova Literatura (O romance), Ensaio, Companhia Editora Americana, 1973.
18. A Volta do Herói, Novela, Expressão e Cultura, Rio de Janeiro, 1974.
19. Os Que Bebem Como os Cães, Romance, Nórdica, Rio de Janeiro, 1975.
20. A Rebelião dos Órfãos, Novela, Artenova, Rio de Janeiro, 1975.
21. Tiúbe, a Mestiça, Novela, Atual Editora, São Paulo, 1975/1986.
22. A Vida Não é Real, Contos, Clube do Livro, São Paulo, 1975.
23. A Nova Literatura (A poesia), Ensaio, Companhia Editora Americana, 1975.
24. A Nova Literatura (O conto), Ensaio, Companhia Editora Americana, 1975.
25. A Nova Literatura (A crítica), Ensaio, Companhia Editora Americana, 1975.
26. O Aprendizado da Morte, Romance, Nórdica, Rio de Janeiro, 1976.
27. O Modernismo, Ensaio, Companhia Editora Americana, 1976.
28. Deus, o Sol, Shakespeare, Romance, Nórdica, Rio de Janeiro, 1978.
29. Redação e Criação, Didático, Nórdica, Rio de Janeiro, 1978.
30. Dicionário Prático de Literatura Brasileira, Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1978.
31. Tetralogia Piauiense, reunindo Beira rio beira vida, A Filha do Meio-Quilo, O Salto do Cavalo Cobridor e Pacamão, Romances, Nórdica, Rio de Janeiro, 1979.
32. Vocabulário Técnico de Literatura, Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1979.
33. Os Crocodilos, Nórdica, Rio de Janeiro, 1980.
34. O Livro de Ouro da Literatura Brasileira (400 anos de história literária), Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1980.
35. Um Preço Pela Vida (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil , Melhoramentos/Salamandra, São Paulo/Rio de Janeiro, 1980/1990.
36. O Primeiro Amor (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1980.
37. O Velho Feiticeiro (Aventuras de Gavião Vaqueiro) , Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1980.
38. O Destino da Carne, Romance, Nórdica, Rio de Janeiro, 1982.
39. A Viagem da Vida, reunindo O seqüestro, A Viagem Proibida e A Pena Vermelha do Gavião (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1982.
40. A Técnica da Ficção Moderna, Ensaio, Nórdica, Rio de Janeiro, 1982.
41. Tonico e Carniça, Infanto-Juvenil, Ática, São Paulo, 1982.
42. Mensagem às Estrelas, Infanto-Juvenil, Ediouro, Rio de Janeiro, 1983.
43. Estilos e Meios de Comunicação, Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1983.
44. Ciclo de Terror, reunindo Os que bebem como os cães, O Aprendizado da Morte, Deus, o Sol, Sheakespeare e Os Crocodilos, Romance, Nórdica, 1984.

45. O Mistério de Kanitei, Infanto-Juvenil, Ediouro, Rio de Janeiro, 1984.

46. Zé Carrapeta, o Guia do Cego, Infanto-Juvenil, Ediouro, Rio de Janeiro, 1984.
47. O Menino-Candeeiro, Infanto-Juvenil, Ediouro, Rio de Janeiro, 1984.
48. Dicionário do Conhecimento Estético, Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1984.
49. Sodoma Está Velha, Romance, Nórdica, Rio de Janeiro, 1985.
50. Os Desafios de Kaíto, Infanto-Juvenil, Ediouro, Rio de Janeiro, 1985.
51. O Camelô São Joaquim, Infanto-Juvenil, Atual Editora, Rio de Janeiro, 1985.
52. A Fala da Cor na Dança do Beija-flor, Infanto-Juvenil, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1985.
53. Contatos Imediatos dos Besouros Astronautas (O Menino do Futuro), Infanto-Juvenil, Nórdica/Vigília, 1985/1991.
54. O Destino é Cego (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1986.
55. A Primeira Morte (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1986.
56. Na Trilha das Esmeraldas (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Melhoramentos, São Paulo, 1986.
57. Neném-Ruço, Infanto-Juvenil, Atual Editora, São Paulo, 1986.
58. Histórias do Rio Encantado, Contos, FTD, São Paulo. 1987.
59. O Cantor Prisioneiro, Infanto-Juvenil, Moderna, São Paulo, 1987.
60. Arte e Deformação (Como entender a estética moderna), Ensaio, Companhia Editora Nacional, São Paulo, 1987.
61. O Prestígio do Diabo, Romance, Melhoramentos, São Paulo, 1988.
62. Pequeno Pássaro com Frio, Infanto-Juvenil, Editora do Brasil, São Paulo, 1988.
63. Novas Aventuras de Zé Carrapeta, Infanto-Juvenil, Record, Rio de Janeiro, 1988.
64. Aventuras de Gavião Vaqueiro, reunindo A primeira Morte e Na trilha das Estrelas, Infanto-Juvenil, Círculo do Livro, São Paulo, 1988.
65. O Mistério da Caverna da coruja vegetariana, Infanto-Juvenil, RHJ Livros, Belo Horizonte, 1989.
66. Lobo Guará, meu amigo (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Contexto, São Paulo, 1989.
67. Nassau, sangue e amor nos trópicos, Romance histórico, Rio Fundo Editora, Rio de Janeiro, 1990.
68. O mistério do punhal estrela (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Scipione, São Paulo, 1990.
69. Manuel e João, dois poetas pernambucanos, Ensaio, Imago, Rio de Janeiro, 1990.
70. Perigo na missão Rondon (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Moderna, São Paulo, 1991.
71. Os esqueletos do Amazonas (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, José Olympio, Rio de Janeiro, 1991.
72. Missão secreta na Transamazônica (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, RHJ Livros, Belo Horizonte, 1991.
73. Villegagnon, paixão e guerra na Guanabara, Romance histórico, Rio Fundo Editora, Rio de Janeiro, 1991.
74. Caminhos para a Imortalidade, Ensaio, Hólon Editorial, Rio de Janeiro, 1991.
75. Joyce e Faulkner, o Romance da Vanguarda, reunindo, atualizados, Faulkner e a Técnica do Romance e Joyce, o romance como forma, Ensaios, Imago, Rio de Janeiro, 1992. 76. Vocabulário de Ecologia, Paradidático, Ediouro, Rio de Janeiro, 1992.
77. O Tesouro da Cidade Fantasma (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Imago, Rio de Janeiro, 1992.
78. Tiradentes, Poder Oculto o Livrou da Forca, Romance Histórico, Imago. Rio de Janeiro, 1993.
79. Jovita, Missão Trágica no Paraguai, Romance histórico, Nótyra, Rio de Janeiro, 1992.
80. Redação Para o Vestibular, Didático, Imago, Rio de Janeiro, 1994.
81. A Caçadora do Araguaia (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Salamandra, Rio de Janeiro, 1994.
82. O Sábio e Andarilho (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Nova Fronteira, Rio de Janeiro, 1994.
83. Quatro Orelhas: Um Guerreiro Craô (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Ao Livro Técnico, Rio de Janeiro, 1994.
84. A Poesia Maranhense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1994.
85. Coração de Jacaré (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Salamandra, Rio de Janeiro, 1994.
86. Os Habitantes no Espelho, Infanto-juvenil, José Olympio, Rio de Janeiro, 1994.
87. Os Nadinhas, Infanto-juvenil, Scipione, São Paulo, 1995.

88. A Poesia Piauiense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1995.
89. Teoria e Prática da Crítica Literária, Ensaio, Topbooks, Rio de Janeiro, 1995.
90. Yakima, o Menino-Onça (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Saraiva, Rio de Janeiro, 1995.
91. O Segredo do Galo-Madrinha (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Scipione, Rio de Janeiro, 1995.
92. Paraguaçu e Caramuru: Paixão e Morte da Nação Tupinambá, Romance Histórico, Rio Fundo Editora, Rio de Janeiro, 1995.
93. A Sabedoria da Floresta (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Scipione, Rio de Janeiro, 1995.
94. A Poesia Cearense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1996.
95. Os Desafios do Rebelde (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-Juvenil, Saraiva, Rio de Janeiro, 1996.
96. A Poesia Goiana no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1997.
97. Jeová Dentro do Judaismo e do Cristianismo, Ensaio, Imago, Rio de Janeiro, 1997.
98. A Poesia Amazonense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
99. A Poesia Fluminense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
100. O Sol Crucificado, Novelas, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
101. A Poesia Norte Rio-Grandense no século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
102. Corisco, o Ultimo Cavalo Selvagem (Aventuras de Gavião Vaqueiro), Infanto-juvenil, Saraiva, Rio de Janeiro, 1998.
103. A Poesia Mineira no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
104. A Poesia Sergipana no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.105. A Poesia Espírito-Santense no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1998.
106. A Poesia Baiana no Século XX, Antologia, Imago, Rio de Janeiro, 1999.
107. Bandeirantes, Os Comandos da Morte, Romance histórico, Imago, Rio de Janeiro, 1999.
108. Edição Conjunta: Paraguaçu e Caramuru/Origens Obscuras da Bahia e Villegagnon/Paixão e Guerra na Guanabara, Romances históricos, Imago, Rio de Janeiro, 1999.
109. Edição conjunta: Nassau, Sangue e Amor nos Trópicos e Jovita, a Joana D'Arc Brasileira, Romances Históricos, Imago, Rio de Janeiro, 2000.
110. A Vida Pré-Humana de Jesus - O Mistério da Imortalidade, Ensaio, Imago, Rio de Janeiro, 2001.
111. Apocalipse - A Espécie Terminal, Ensaio, Imago, Rio de Janeiro, 2001.
112. Mário Faustino: Do Piauí Para O Mundo, Ensaio, Jornal Meio Norte, Teresina, 2001.
113. Herberto Sales: Regionalismo e Utopia, Ensaio, Academia Brasileira de Letras (Coleção Austregésilo de Athayde), Rio de Janeiro, 2002.

Assis Brasil , depois de 2002, já publicou outros livros, totalizando sua obra, atualmente, em 122 titulos, que bremente publicaremos neste blog em sua homegagem.

domingo, 13 de junho de 2010

O IMORTAL ASSIS BRASIL

O ESCRITOR PIAUIENSE, ASSIS BRASIL


ESTA ENTREVISTA FOI CONCEDIDA POR ASSIS BRASIL AO SITE " SAPIÊNCIA", ORGÃO INFORMATIVO DA FAPEPI, TERESINA, PAUI, EM JUNHO DE 2007. AGORA, COM A DEVIDA VÊNIA, A TRANSCREVEMOS.

NELA O ESCRITOR FALA DE SUA OBRA, HOJE COM 122 LIVROS PUBLICADOS E, PELA PRIMEIRA VEZ, DAS DIFICULDADES QUE ENFRENTOU NAS CIDADES GRANDES, ANTES DE SE TORNAR UM DOS MAIS IMPORTANTES AUTORES DA CRÍTICA E LITERATURA NACIONAL.

ESSE BLOG É UMA HOMENAGEM A ESSE HOMEM DAS LETRAS. ESSE TRABALHADOR PROFÍCUO, METÓDICO E DISCIPLINADO, QUE CONSEGUIU LARGAR TUDO ( EMPREGO EM JORNAIS E FACULDADES) PARA SE DEDICAR E VIVER, EXCLUSIVAMENTE, DA SUA ARTE : ESCREVER.

MEMBRO DAS ACADEMIAS, PIAUIENSE E PARNAIBANA DE LETRAS, ASSIS BRASIL CONTINUA ESCREVENDO NOVOS LIVROS, DANDO CONFERÊNCIAS E VIAJANDO PELO PIAUI, ONDE HOJE RESIDE. A CULTURA BRASILEIRA, OU AQUELES QUE A REPRESENTAM, AINDA MUITO LHE DEVEM:

QUANDO VEREMOS ASSIS BRASIL NA ACADEMIA BRASILEIRA DE LETRAS? TALVEZ O AUTOR NAO DESEJE ESSA REGALIA, MAS SABEMOS POR SUA VASTA OBRA , QUE ELE REALMENTE MERECE O FARDÃO DOS IMORTAIS, DA CASA DE MACHADO DE ASSIS.


VEJAM COMO ELE SE DEFINE :


"Minha mente trabalha em dois setores, um mais racional e outro mais sensível. A minha Tetralogia Piauiense cobre as duas áreas. Mas escrevi dois romances, passados no Ceará, que me atingem muito emocionalmente: A Volta do Herói e Zé Carrapeta, o Guia de Cego. Do ponto de vista da técnica narrativa, destaco o romance histórico, Villegagnon, Paixão e Guerra na Guanabara e o romance O Prestígio do Diabo."

---------------------------------------------------------------------------ORION LIMA-------


A ENTREVISTA COM ASSIS BRASIL


"ASSIS BRASIL:


UM PIAUIENSE QUE TRANSFORMOU A LITERATURA


BRASILEIRA"


SAPIÊNCIA- Foi difícil para o senhor, nascido numa província distante como o Piauí, tornar-se um escritor de renome nacional? O que levou a deixar o Piauí e radicar-se no Rio de Janeiro?

ASSIS BRASIL - Foi relativamente difícil, mas eu, como jornalista, tive a sorte de ter acesso à área, passando a colaborar literalmente nas chamadas folhas. Eu estava morando e estudando em Fortaleza, Ceará, terra de minha mãe. Como eu já escrevia, achei que um centro maior seria o ideal para mim, não só para continuar os estudos, como para me tornar (eu já tinha consciência disso) escritor.

SAPIÊNCIA - O Piauí ainda é uma “província” distante para quem tem talento na literatura?

ASSIS BRASIL - Todas as “províncias” brasileiras. Jornalista, críticos literários, historiadores, só prestam atenção no que acontece no Rio e S. Paulo. Mesmo saindo a capital daqui do Rio, esta cidade continua a ser o foco nacional. Nas Faculdades a coisa é ruim porque os professores, seus conhecimentos são limitados às cidades citadas. Quer dizer, o “provincianismo” é dessa gente responsável pela cultura do país.

SAPIÊNCIA - Os romances que compõem a Tetralogia Piauiense constituem, de alguma forma, reminiscências da sua infância e juventude passadas em Parnaíba?

ASSIS BRASIL - Sem dúvida. Conheci Luíza pessoalmente, que estilizei, através da criação para o romance. Ela, já velha, tinha se “aposentado” da prostituição e vivia lavando roupa para fora. Ela lavava lá para casa. Quando ela desaparecia, minha mãe me pedia para ir procurá-la no cais. Eu tinha uma bicicleta e isso facilitou a minha ida aos subúrbios pobres de Parnaíba. Assim foi que conheci a vida como ela é...e me deu mais estofo para escrever. Além da Tetralogia, publiquei Histórias do Rio Encantado, que se passa no mesmo cenário socialmente marginal.

SAPIÊNCIA - Muitos de seus romances podem ser apontados como obras de denúncia social, como por exemplo Os que bebem como os cães, além dos que integram a Tetralogia Piauiense. O senhor se considera um escritor “engajado” na luta pelas causas políticas e sociais?

ASSIS BRASIL - Claro que sim. Toda a minha obra, incluindo os livros infanto-juvenis, giram sob a essa ótica. Sempre defendi a tese de que todo escritor, todo artista, têm essa preocupação em sua obra, quer implícita ou explicitamente. O conhecimento em nosso país é muito limitativo. Fizeram a diferenciação entre “engajado” e ‘alienado” e pronto. E ainda hoje, quando as ideologias desapareceram, muitos continuam a “pastar” nesse simplismo. Uma vez defendi Clarisse Lispector e Samuel Rawet da acusação de serem escritores ‘alienados”. A acusação foi feita pelo Paulo Francis, que pertencia a uma corrente supostamente engajada, que era conhecida como ‘esquerda festiva”. Ele era leitor da editora “Civilização Autorais” de seus editados.

SAPIÊNCIA - O senhor foi no passado um grande vencedor de prêmios literários. Atualmente ainda tem participado desses concursos?

ASSIS BRASIL - Ganhei, não faz muito (2004), o Prêmio Machado de Assis (parte conjunto de obra), da Academia Brasileira de Letras. Em 1975, quando ganhei novamente o Prêmio Nacional Walmap, com o romance Os que Bebem como os cães o escritor “baiano” Osmar Lins, deu uma entrevista para aquela revista “norte-americana”, a Veja, dizendo que os escritores “tarimbados” não deviam participar de concursos; seria bom que eu desse o lugar para os mais novos.

Depois descobri que ele, que era mais velho e mais “tarimbado” que eu, tinha concorrido ao mesmo concurso. A história dos “bastidores” do WALMAP/75 é uma história de horror: gente pressionando a comissão julgadora para dar prêmio aos seus “afilhados”, inclusive, o “famoso” José Olympio, que estava para lançar um romance que concorria àquele prêmio e queria aproveitar a publicidade do Walmap. As pressões foram grandes que “mataram” o Walmap. Ele acabou naquele ano. Concorri com o pseudônimo, “Jeremias”, nome do personagem central, e meu livro foi premiado por unanimidade (seis membros na Comissão Julgadora), cerca de 300 concorrentes.

SAPIÊNCIA - Ultimamente,com o incremento dos cursos de pós-graduação na área de Letras, sua obra tem sido objeto de vários estudos acadêmicos. O senhor tem acompanhado esses trabalhos?

ASSIS BRASIL - Tenho acompanhado, e isso em vários Estados. O primeiro trabalho saiu em Niterói (RJ) quase que em cima da publicação do Beira Rio Beira Vida. As teses são boas em modo geral. É bom que os estudantes de Letras saibam da importância da literatura, pois sem arte uma sociedade não sobrevive. Tomamos conhecimento de vários países através de sua arte, e não da sua política ou economia...

SAPIÊNCIA - Em 1912, o poeta Lucídio Freitas, realizou, através do jornal Diário do Piauí, uma enquete a respeito da literatura piauiense. Uma das questões propostas era : “Que papel representa o Piauí no momento literário do País?” Se a pergunta fosse dirigida ao senhor, hoje, qual seria sua resposta?

ASSIS BRASIL- No momento literário do País, o nosso Piauí representa muito, e também de um ponto de vista mais abrangente culturalmente. E sei que tenho participação ativa nesse processo. Tenho destacado, não só nos meus livros como em conversa com intelectuais, a ação preponderante do Estado no complexo cultural do País. O Piauí edita revista, publica livros, a Academia Piauiense de Letras tem participação forte, como outras entidades culturais. Só precisamos cobrar do Governo uma ação mais dinâmica. O que é isso? Melhores verbas para essas entidades, que vivem de pires na mão.

E a despeito disso, funcionam. Sei que a nossa Academia Piauiense sobrevive com dificuldade. Um país se faz com homens e livros, disse Monteiro Lobato, e Castro Alves exaltou a sua importância. Sei que o Piauí se esforça para fazer o melhor, como esse Salão do Livro do Piauí, uma verdadeira bienal do livro, ao nível das do Rio e São Paulo. É comovedor ver as crianças folheando e comprando livros, como vi no ano passado em Teresina. Os governantes também precisam se comover e abrir os cofres. Tomei conhecimento de que a Secretaria de Cultura da minha terra, Parnaíba, não tem dinheiro nem pra comprar água mineral...

SAPIÊNCIA - A partir dos anos 70, a produção literária destinada ao público infanto-juvenil cresceu de forma extraordinária, no Brasil, não só pelo aparecimento de autores novos, mas também porque muitos autores já consagrados começaram a publicar literatura infanto-juvenil. No seu caso, por que passou a escrever para crianças?

ASSIS BRASIL- No meu caso comecei com a publicação de um livro infanto-juvenil, Verdes Mares Bravios / Aventura no Mar. E não poderia ter sido o contrário, pois eu o escrevi com apenas 15 anos de idade. Muitos anos depois fiz uma adaptação e a Editora Melhoramentos o publicou. A “volta foi curiosa”- além de receber, dos editores muitos pedidos de livros para a área, uma noite tive um sonho, que era uma história completa para crianças e jovens. Quando amanheceu, me sentei na máquina e escrevi o primeiro episódio de uma série narrando as peripécias de um aventureiro e ecologista, amigo dos índios. Chama-se, o personagem central, das narrativas infanto-juvenis, Gavião Vaqueiro, nascido em Piracuruca, no Piauí. Escrevi perto de 30 histórias com o mesmo personagem, em episódios autônomos.

A editora Melhoramentos publicou nove narrativas, sempre com ampla aceitação entre professores (1º e 2º graus) e alunos. Depois publiquei mais histórias por inúmeras outras editoras, creio que no total mais de 20. O Herculano Moraes está com uma dessas histórias inéditas para publicar em Teresina. Depois os outros livros para a área vieram automaticamente – creio que, no total, publiquei mais de 40. Gosto de escrever para crianças e jovens, me sinto bem. Quando estou trabalhando em livros mais complexos (ensaios/romances), costumo dizer que volto de vez em quando a escrever para jovens me faz mais jovem e descanso das engrenagens mais envolventes do meu cérebro.

SAPIÊNCIA - Algumas de suas importantes obras tem virado tese de mestrado. Qual de suas tantas publicações mais gosta e por que?

ASSIS BRASIL - Minha mente trabalha em dois setores, um mais racional e outro mais sensível. A minha Tetralogia Piauiense cobre as duas áreas. Mas escrevi dois romances, passados no Ceará, que me atingem muito emocionalmente: A Volta do Herói e Zé Carrapeta, o Guia de Cego. Do ponto de vista da técnica narrativa, destaco o romance histórico, Villegagnon, Paixão e Guerra na Guanabara e o romance O Prestígio do Diabo.